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Fatores que elevam natimortalidade em leitões

"É necessário ter cautela no momento da indução ao parto"



"É necessário ter cautela no momento da indução ao parto" "É necessário ter cautela no momento da indução ao parto" - Foto: Embrapa - MORÉS, Nelson

Suinocultores devem redobrar a atenção aos fatores de risco não infecciosos que influenciam diretamente a taxa de natimortalidade em leitões, alerta a médica-veterinária Laura dos Santos, da Auster Nutrição Animal. Segundo o Relatório Agriness 2024, a média brasileira de leitões desmamados por fêmea ao ano subiu para 29,99, um avanço de 1,08 em relação a 2020. No entanto, o percentual de natimortos e mortos ao nascer ainda varia entre 5,19% e 8,40% nas granjas.

“Nesse sentido, é necessário ter cautela no momento da indução ao parto, sendo imprescindível conhecer a média de duração da gestação das fêmeas do sistema, e dessa forma estabelecer um protocolo de indução ao parto seguro e eficaz”, assinala a especialista.

Fatores como duração inadequada da gestação, parto prolongado, jejum pré-parto longo e idade avançada das matrizes estão entre os principais vilões. Estudos mostram que fêmeas com gestação de 113 dias ou menos têm 2% mais natimortos, devido à imaturidade dos leitões. Além disso, partos iniciados mais de seis horas após a última refeição tendem a ser mais demorados, aumentando em até 1,76 vezes a taxa de natimortos.

Laura destaca que a supervisão ativa do parto e a capacitação da equipe são essenciais. O acompanhamento adequado permite intervenções pontuais, como aplicação de ocitocina ou palpação vaginal em casos de parto distócico, podendo reduzir em até 5% o número de leitegadas com natimortos.

“Estudos enfatizam que aumentar a supervisão do parto pode reduzir em até 5% o número de leitegadas com natimortos. Capacitar a equipe de parto é essencial para garantir intervenções rápidas diante intervalos anormais entre o nascimento dos leitões”.

A especialista reforça que, além das causas não infecciosas, também é necessário manter atualizado o calendário vacinal para doenças como parvovirose, leptospirose e erisipela. Identificar os riscos de cada plantel e adotar medidas preventivas são os decisivos para melhorar a produtividade e o bem-estar animal.
 

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